Recentemente, o Imposto de Renda tem sido amplamente debatido pelo governo federal brasileiro. A conversão da Medida Provisória n° 1.172, de 2023 em lei, alterou os valores da tabela mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, aumentando a faixa inicial de isenção. Antes a isenção era para quem tivesse recebimentos mensais de até R$1.903,98. Com a mudança, a faixa aumenta para recebimentos mensais de até R$2.112,00. 

Diante dessas recentes discussões, vale a pena entender um pouco mais sobre um dos impostos mais importantes na arrecadação brasileira. Se você ainda não conhece a história do IR no Brasil, continue no blog da Personal Tax e entenda onde tudo começou.

Imposto de Renda: Definição

 

O imposto sobre a renda (IR) é um tributo que incide sobre os ganhos financeiros e econômicos de pessoas físicas e jurídicas. O IR é considerado um imposto direto. Impostos diretos são tributos que incidem diretamente sobre a renda, propriedade ou riqueza de uma pessoa, ou entidade.

 

A competência para a cobrança do Imposto de Renda (IR) no Brasil é atribuída à União, um dos entes federativos do país. Isso significa que o governo federal é responsável por legislar, arrecadar e fiscalizar o Imposto de Renda em todas as suas modalidades, seja o Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) ou o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ).

 

A maneira como o imposto sobre a renda é aplicado pode variar significativamente de um país para outro, mas geralmente envolve a tributação das seguintes categorias de renda:

 

Renda de Pessoas Físicas: Isso inclui salários, salários, rendimentos de investimentos, aluguéis, ganhos de capital (lucro obtido com a venda de ativos) e outras fontes de renda pessoal. 

 

Renda de Pessoas Jurídicas: Empresas e organizações também são tributadas sobre seus lucros. A taxa de imposto sobre lucros corporativos pode variar amplamente de país para país e pode ser afetada por diversos fatores, como o tipo de empresa e as deduções fiscais disponíveis.

 

Outras Fontes de Renda: Além das fontes de renda mencionadas, alguns países também tributam outras fontes de renda, como heranças, doações, prêmios de loteria, etc.

 

Existem diferentes sistemas de recolhimento de imposto de renda em todo o mundo, como o sistema de imposto de renda progressivo, onde as taxas aumentam à medida que a renda aumenta, e o sistema de imposto de renda proporcional, onde todos pagam a mesma taxa, independentemente da renda. A escolha do sistema tributário depende das políticas fiscais de cada país.

 

Imposto de Renda: Os primeiros anos

A cronologia do imposto de renda tem início no século XVIII, na Inglaterra. Em razão da emergente necessidade de angariar fundos para manter os efetivos de guerra contra as frequentes disputas com a França. Alguns anos depois, o Imposto de Renda começa a ser instituído em outros países.

No Brasil houve algumas tentativas de instituir o Imposto de Renda ainda no reinado de Dom Pedro II, porém o projeto do tributo só se tornou oficial em 1922. No modelo brasileiro, priorizou-se seguir políticas semelhantes ao que era instituído na França, onde a taxação ocorria mediante categorias baseadas na proporcionalidade.

Imposto de Renda: Evolução

As diferentes alterações no texto da lei, que acompanharam as decisões políticas de cada época, fizeram com que o Imposto de Renda se tornasse cada vez mais significativo em comparação a outras formas de tributação.

As mudanças globais, como a alteração dos processos de importação e exportação, também contribuíram para que o imposto sobre a renda se tornasse, desde 1979, o tributo de competência da União com maior arrecadação. 

Ainda, em 1979 foi criado o carnê-leão, impondo o recolhimento antecipado obrigatório do Imposto de Renda. O Carnê-Leão é uma forma de recolhimento mensal obrigatório do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para aqueles que têm rendimentos provenientes de fontes que não efetuam a retenção do imposto na fonte, como trabalho autônomo, rendimentos do exterior, aluguel, prestação de serviços, entre outros. Este imposto deve ser pago mensalmente por pessoas físicas residentes no Brasil que recebem esses tipos de renda.

O IR na atualidade

No Brasil, o imposto de renda incide sobre a renda e proventos de contribuintes residentes no País ou residentes no exterior que recebam rendimentos de fontes no Brasil. O imposto apresenta alíquotas variáveis conforme a renda do contribuinte, sendo que os contribuintes de menor renda não são alcançados pela tributação. 

As evoluções relativas ao Imposto de Renda, como se pode observar, não se restringiram à adequação das alíquotas para uma melhor distribuição. A entrega do documento de Declaração de IR também mudou ao longo do tempo e, com a adesão de novas tecnologias, o que antes precisava ser feito manualmente, passou a integrar o grupo de atividades desenvolvidas através dos computadores pessoais. Atualmente tudo está concentrado no Portal gov.br, permitindo uma melhor análise do governo e maior nível de auditoria. 

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