A Personal Tax preparou este conteúdo para você conhecer os principais pontos do processo de expatriação e os 3 erros comuns quando da sua realização.

O que é expatriação? 

Expatriação, se refere ao ato de ser transferido para outro país a trabalho. No contexto profissional, essa ação é realizada por empresas que tenham em sua cultura organizacional o hábito de promover o intercâmbio de profissionais entre suas filiais ao  redor do mundo por meio de políticas e programas de mobilidade internacional (global mobility) estruturadas, o que pode se dar por diversos motivos.

A expatriação de um colaborador pode ocorrer quando houver necessidade de integrar ações entre filiais de diferentes países, sejam elas de cunho operacional, quando práticas de uma localidade são disseminadas para fins de implantação em outra, seja para aprimoramento  técnico, soft skills do  profissional contemplado por este programa, buscando desenvolver um perfil de liderança para uma posição estratégica.

É preciso ressaltar que há diversos pontos positivos em fomentar o intercâmbio de profissionais, uma vez que esta é uma oportunidade para que estes tenham a vivência de sua função em diferentes núcleos culturais.

Outra vantagem é que diferentes práticas e estratégias profissionais podem ser enriquecidas pelo funcionário e aplicadas no seu local de origem quando este retornar, podendo resultar em melhorias no desempenho de sua função, disseminando novas estratégias e trazendo para seu local de origem uma visão de mundo diferenciada, gerando  maior engajamento profissional. Por outro lado, um processo de expatriação se mal estruturado, pode não trazer o resultado esperado.

 

Como é o processo de expatriação?

O processo de seleção geralmente ocorre com colaboradores que ocupam posições estratégicas ou que sejam vistos como valores em potencial para a companhia. 

A seleção deve ser bem estruturada, com critérios claros, uma vez que a depender do período de deslocamento, bem como benefícios a serem ofertados, podem representar um custo significativo para empresa.

Assim, uma vez definido os critérios e perfil profissional desejado, a empresa deve se preocupar em estruturar uma política de expatriação adequada para amparar não somente a questão profissional, mas também pessoal de seus colaboradores, a fim de garantir uma experiência enriquecedora e proveitosa tanto para o indivíduo quanto para empresa.

 

Qual é o papel do RH (Time de Global Mobility) no processo de expatriação?

O RH (time de Global Mobility) tem um papel fundamental no processo de expatriação, uma vez que será este o setor responsável por acompanhar  o profissional durante todo o processo, desde as questões imigratórias,  questões fiscais, até questões culturais para a adaptação do seu colaborador na filial no exterior. 

 

Os 3 erros mais comuns da expatriação

A adaptação dos funcionários a um novo país pode ser um desafio significativo, e a falta de assistência adequada por parte da matriz da empresa pode agravar essa situação. A mudança cultural, a barreira do idioma e a familiarização com as práticas locais são fatores que podem dificultar a integração dos funcionários expatriados. Abaixo, 3 erros comuns em processos de expatriação.

O primeiro é a comunicação ineficiente entre empresa e colaborador, o que pode gerar desencontros e problemas com adaptação. Entre alguns dos problemas mais comuns, é possível ouvir relatos de funcionários que passam por dificuldades de adaptação ao novo país e que não são bem assistidos por sua matriz. 

Outro erro muito comum é realizar o processo de repatriação de funcionários sem se preocupar com a própria organização da filial em seu retorno. É preciso oferecer, desde o início, informações precisas sobre quais serão as funções atribuídas e alinhamento de expectativas claro quando ocorrer o retorno ao país de origem. 

Por fim, um aspecto crítico muitas vezes negligenciado é o pacote de remuneração oferecido aos funcionários que estão se deslocando para o exterior. A análise minuciosa dos impostos é essencial para evitar problemas financeiros e garantir que os funcionários não enfrentem surpresas desagradáveis relacionadas às obrigações fiscais em seu novo país.

Quando um funcionário se muda para um país estrangeiro, ele pode estar sujeito a diferentes sistemas fiscais e regulamentações. Os impostos sobre a renda, as contribuições previdenciárias e outros encargos podem variar significativamente de um país para outro. Portanto, é fundamental que a empresa, juntamente com especialistas em impostos, conduza uma análise detalhada para entender as implicações fiscais do novo país de destino. Se essa análise não for realizada adequadamente, os funcionários podem enfrentar consequências como: 

 

  • Dupla Tributação: Se os sistemas fiscais do país de origem e do país de destino não forem considerados corretamente, os funcionários podem acabar pagando impostos nos dois países, resultando em uma tributação excessiva.

 

  • Impostos Inesperados: Certas formas de remuneração, como bônus ou opções de ações, podem ser tratadas de maneira diferente em termos fiscais no país de destino. Isso pode levar a pagamentos de impostos maiores do que o esperado.

 

  • Evasão Fiscal Acidental: Se os funcionários não estiverem cientes das obrigações fiscais em seu novo país, podem inadvertidamente violar as leis fiscais locais, enfrentando penalidades legais e financeiras.

 

  • Complexidade Administrativa: Lidar com obrigações fiscais e declarações em dois países pode ser burocraticamente complicado e demorado, causando estresse adicional para os funcionários.

 

Para minimizar esses problemas, as empresas devem investir em consultoria especializada em impostos internacionais e criar pacotes de remuneração que considerem todas as implicações fiscais. Para conhecer um serviço de assessoria personalizada para gestão de expatriados, acesse a página da Personal Tax.